Moisés
10-03-2014 21:14
Moisés (em hebraico: מֹשֶׁה; moderno: Moshe tiberiano: Mōšé; em grego: Mωϋσῆς, Mōüsēs; em árabe: موسىٰ, Mūsa) foi, de acordo com a bíblia hebraica, alcorão e escrituras da fé Baha'i, um líder religioso, legislador e profeta, a quem a autoria da Torá é tradicionalmente atribuída.
Ele é o profeta mais importante do judaísmo, e igualmente reconhecido pelo Cristianismo e Islamismo, assim como noutras religiões.
Levita (em hebraico: לֵוִי, hebraico moderno: Levi, hebraico tiberiano: Lēwî; "unido") filho de Anrão e Joquebede, o seu irmão mais velho era Arão e sua irmã chamava-se Miriam. Outros notáveis da dinastia levita, de acordo com a Bíblia, são: Miriam irmã de Moisés, o profeta Samuel, o profeta Ezequiel, o governador Esdras, o profeta Malaquias, São João Batista, o São Marcos, São Mateus, Maria Mãe de Jesus e São Barnabé. Os descendentes de Arão, que foi o primeiro Kohen gadol (sumo sacerdote), de Israel, foram designados como a classe sacerdotal, os kohanim. Como tal, os kohanim compreendem uma dinastia familiar (embora as pessoas que afirmam ser kohanim tenham muitos haplogrupos) dentro da tribo de Levi, e assim todos os kohanim são tradicionalmente considerados levitas, mas nem todos os levitais são kohanim.
Tradicionalmente o significado atribuído ao seu nome é "retirado das águas", em referência às circunstâncias da sua adoção narradas na Bíblia contudo, há uma controvérsia quanto à origem do nome entre alguns eruditos. Alguns apontam para a origem egípcia: “Més” ou na forma grega, mais divulgada, “Mósis”, deriva da raiz substantiva “ms” - criança ou filho, correlata da forma verbal msy, que significa "gerar"
A própria filha de Faraó diz chamá-lo assim, por o ter tirado das águas.
Segundo o Livro do Êxodo, Moisés foi adoptado pela filha do faraó, que o encontrou enquanto se banhava no rio Nilo e o educou na corte como o príncipe do Egipto. Há que considerar que uma criança anónima retirada do rio nunca seria educada na corte faraónica antes teria sido mandada retirar por algum servo que se encarregaria ou de a criar ou de arranjar quem o fizesse, sendo que a criança se tornaria apenas um futuro servo.
Aos 40 anos (1552 a.C.), após ter matado um feitor egípcio levado pela "justa" cólera, é obrigado a partir para exílio, a fim de escapar à pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a leste do Golfo de Acaba. Por lá acabou casando-se com Zípora e com ela teve dois filhos, Gérson e Eliézer. Quarenta anos depois (1512 a.C.), no Monte de Horebe, ele depara-se com uma sarça-ardente que queimava mas não se consumia e assim é finalmente "comissionado pelo Deus de Abraão" como o "Libertador de Israel".
No Velho Testamento, o Fogo é apresentado como sendo a própria essência original de toda a vida. Javé apresentou-se a Moisés como uma sarça-ardente. Quando Moisés perguntou quem era ele, Javé respondeu “Eu Sou o que Sou”, associando o fogo como a essência primeira, o ser que é o ser, sem acréscimos, sem adjectivos, apenas o ser que é.
Considerado um dos símbolos mais importantes das tradições espirituais, religiões e do esoterismo, elevado ao estatuto de divindade por muitos povos, o Fogo representa as transformações da natureza, sua criação e destruição. O poder consumidor do fogo fez deste elemento um símbolo de conotação negativa, como nas representações iconográficas cristãs do inferno, mas pela sua qualidade de transmutador, foi considerado sagrado pelos Alquimistas e por muitas outras culturas.
Dentro do seu aspecto destrutivo, o Fogo representa a destruição, mas esse estado é passageiro, pois a destruição de algo sempre representa, para os místicos, a abertura de espaço para o novo poder brotar, para um nascimento em uma nova condição. Os alquimistas
têm como princípio a expressão INRI, que significa Ignis Natura Renovantur Integra (“A natureza é renovada pelo fogo”).
O aspecto purificador e regenerador do Fogo é comum a várias tradições. Na Roma antiga, os sacerdotes tinham por missão manter uma chama sempre acesa, e no caso desta chama ser apagada, isso representa um mau augúrio, um sinal de maldição, de degradação moral e do encerramento de um ciclo. Vemos a concepção do Fogo como representando a passagem do tempo e do início e do fim de uma fase. No Xintoísmo, a renovação da tocha acesa coincide sempre com a passagem do final do ano.
O Fogo também traz, obviamente, o sentido de uma transformação íntima, de um desenvolvimento espiritual, transmutando a consciência de estado em estado até se atingir a iluminação. Aqui entra o símbolo da forquilha do Alquimista, que transmuta o metal pesado das imperfeições humanas no ouro sagrado da realização espiritual. O fogo interior brilha cada vez mais forte e num nível mais subtil conforme a ascensão do discípulo e sua progressiva espiritualização.
Os yogues já encontram o simbolismo mais próximo de sua realidade interior, quando associam o Fogo com o chacra muladhara, onde o elemento Fogo está presente, sendo o veículo da energia vital que alimenta todo ser em seus vários níveis. Buda também transfere o ricto externo do Fogo na primazia da consciência dominando os instintos. Diz Buda “Atiço em mim uma chama. Meu coração é a lareira, e a chama é o eu domado” (Sumyuttanikaya 1, 169). Aqui encontramos paralelo na kundalini yoga, no chamado “fogo serpentino” e também no “fogo interior” do Tantrismo. Os taoistas realizam um ritual da passagem sobre o fogo, a fim de representar a purificação e a libertação do seu corpo das paixões grosseiras e dos desejos inferiores. (Hugo Lapa)
A Igreja vê a Sarça-Ardente que não se queimava como um símbolo para a Santíssima Mãe de Deus, que deu à luz a Cristo, permanecendo virgem.
Uma das primeiras representações da Mãe de Deus como “Sarça-Ardente que não se consome” apresenta a Virgem segurando seu Divino Filho no meio de uma sarça-ardente.
Moisés é também retratado, retirando suas sandálias, pois aquele era lugar santo (Êxodo 3:5).
Uma das mais famosas versões deste ícone é a que se encontra no Monastério de Solovki, e que foi entre o décimo sexto e o décimo sétimo século. Nele, temos a Jerusalém Celestial vislumbrada no peito da Theotokos. Nos quatro cantos deste ícone há registros dos profetas e dos Anjos, e na parte superior, temos o Ancião dos Dias, representado com a estrela de oito pontas no halo.
A maioria dos ícones retracta o arbusto duma forma simbólica com dois diamantes sobrepostos. O diamante vermelho representa o fogo, e o diamante verde representa a mata.
Os dois diamantes formam uma estrela de oito pontas, tendo a Mãe de Deus postada no centro.
Geralmente temos os símbolos dos quatro evangelistas dentro do diamante verde: um homem representando São Mateus, um leão representando São Marcos, um boi representando São Lucas, e uma águia representando São João. Estes símbolos são derivados das profecias de Ezequiel 1:10 e do Apocalipse 4:7.
O diamante vermelho tem o registro de arcanjos, retratados em seus quatro cantos.
O simbolismo do ícone tornou-se mais complexo ao longo do tempo. Há então versões em que podemos ver retratados Arcanjos, o Profeta Moisés e a sarça-ardente (Ex. 03:02), assim como Isaías e os serafins queimando o carvão (Is. 06:07), ou também o Profeta Ezequiel e “a porta através da qual somente o Senhor pode entrar” (Ez. 44: 2), ou mesmo o Patriarca Jacó com a “escada da salvação” (Gn 28:12). Nestes casos, a Mãe de Deus é registrada segurando a escada de Jacó, aquela que leva da terra ao Céu.
Às vezes temos também o registro da raiz de Jessé (Isaías 11:1) que nesses casos é retratada no centro da borda inferior do ícone.
A Igreja mantém a tradição dos Santos Padres e dos Concílios Ecuménicos, que ensina que a chama que Moisés viu foi na verdade as Energias Incriadas ou a Glória de Deus, como Luz (como na Transfiguração de Jesus), e é por tal razão que a sarça não se consumia. Ele permitiu que Moisés pudesse ver a Sua glória (Suas Energias), que, como Sua Essência, são eternas.
Quando Deus falou a Moisés, Moisés ouviu a Palavra do pé-encarnado (Logos) de Deus.
A visão da glória de Deus como luz nesta vida e da próxima é a exacta definição ortodoxa da salvação, em movimento mesmo após a morte "de glória em glória" eternamente.
Para os ortodoxos, o milagre da “Sarça-Ardente que não se consume” é vislumbrada na teologia e na hinografia da Igreja como uma prefiguração do nascimento virginal de Cristo.
A Mãe de Deus deu à luz ao Deus encarnado, sem sofrer danos, assim como a sarça foi queimada sem ser consumida.
Ele conduziu o povo de Israel (Is+ Ra+ El- Is, concretização-manifestação em Ra, o Sol El, o ser supremo, Deus ou ainda Ísis+Ra+El, “os da Realeza de Ísis”) até ao limiar de Canaã, a Terra Prometida a Abraão (A-braham, o não-Brahman). No início da jornada, encurralados pelo Faraó, que se arrependera de tê-los deixado partir, ocorre um dos factos mais conhecidos da Bíblia: A divisão das águas do Mar Vermelho, para que o povo, por terra seca, fugisse dos egípcios, que tentando o mesmo, se afogaram. Logo no início da jornada, no Monte de Horebe, na Península do Sinai, Moisés recebeu as Tábuas dos Dez Mandamentos do Deus de Abraão, escritos "pelo dedo de Deus". As tábuas eram guardadas na Arca do Concerto. Depois, o código de leis é ampliado para cerca de 600 leis. É comumente chamado de Lei Mosaica. Os judeus, porém, consideram – na como a Lei (em hebr. Toráh) de Deus dada a Israel por intermédio de Moisés.
Durante 40 anos (segundo a maioria dos historiadores, no período entre 1250 a.C. e 1210 a.C.), conduz o povo de Israel na peregrinação pelo deserto, sendo que o deserto é o lugar vazio onde o divino se manifesta logo que se faça a travessia das águas do “ mar morto” renascendo novamente para a vida dotado de uma nova e mais ampla luz da Consciência.
Moisés morre aos 120 anos, após contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo, na Planície de Moabe. Josué, o ajudante, sucede-lhe como líder, chefiando a conquista de territórios na Transjordânia e de Canaã.
No Cristianismo, Moisés prefigura o "Moisés Maior", o prometido Messias (em grego, o Cristo). O relato do Êxodo de Israel, sob a liderança por Moisés, prefigura a libertação da escravidão do pecado, passando os cristãos a usufruir a liberdade gloriosa pertencente aos filhos de Deus.
… Subiu ao monte Nebo, para o cume de Pisga, olhou para a Terra prometida de Israel espalhada diante dele, e morreu, segundo a lenda talmúdica, em 7 de Adar, exactamente no seu aniversário dos 120 anos. O próprio Deus o sepultou num túmulo desconhecido num vale na terra de Moabe (Moabe -hebraico מוֹאָב ou Moʾav; grego Μωάβ; assírio Mu'aba, Ma'ba, Ma'ab; egípcio Mu'ab- Mu, cidade de Abraão o que não era Brahman), defronte de Bete-Peor (Beth-baal-peor, Ba'al Pe’or, terra do deus Baal), (Deuteronómio 34:6), sendo que na sua morte foi Deus quem se encarregou do seu corpo e da sua alma …
Há muitas controvérsias, mas ao que tudo indica teria sido Ramsés II, soberano da XIX dinastia (1290-1224 AC), o faraó do êxodo. A Bíblia relata um grande confronto entre ele e Moisés, que desejava deixar as terras do Egipto e, segundo o livro sagrado, livrar o povo judeu da opressão e da escravidão a que era submetido. Pelos antigos relatos, o faraó estava relutante e ameaçava-o, porém teve de ceder diante das prodigiosas e muito persuasivas demonstrações de magia e força que assolaram o país, incluindo as chamadas “ sete pragas do Egípto”, sendo que a que mais atemorizou foi a morte dos primogénitos, acabando dessa forma com a descendência faraónica, a linhagem usurpadora, descendente de Cam (ou Cão -em hebraico: חָם, moderno H̱am tiberiano Ḥām; em grego: Χαμ Kham; em árabe: حام, Ḥām, "quente" ou "queimado", personagem bíblico, um dos filhos de Noé, segundo a narrativa bíblica. De acordo com a Tabela das Nações no livro de Génesis, tratava-se do filho mais novo de Noé e foi o pai de Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã. Foi salvo do Dilúvio junto com seus irmãos Sem e Jafé, na arca que Deus mandara construir. Foi amaldiçoado por Noé como servo dos servos. Encontramos aqui também referência a Cão, o sistema binário de Sirius referido na mitologia do Antigo Egipto e pelos dogons, entre outros).
Do nome Ramsés podemos chegar a Ramasses (RA; os sinais MAS e SES – nascido de…),portanto nascido de Ra ou filho de Ra.
No entanto Ramsés era um usurpador estrangeiro, não pertencia à linhagem atlante
Moisés ou Masses, nome egípcio, indica nascido de, sendo que falta o nome do pai. O nome de Moisés também é associado a tuth-mose fazendo dele uma encarnação de Toht/ Hermes, o Atlante. Moisés, o Levita, descendente de Noé (Menés), era o herdeiro dos desígnios do Egipto. Tudo indica que era filho da princesa, a virgem que o retirou duma cesta que estava nas águas e há referências à sua iniciação nos Mistérios Egípcios e por conseguinte era membro da fraternidade que operava nas Escolas de Mistério. Os aspirantes deviam primeiro passar por 12 anos de treinos na "Escola do Olho Esquerdo de Horus". Lá passavam por várias iniciações nos templos ao longo do Rio Nilo. Todas elas associadas à mestria das emoções (medos, paixões, sexualidade, tantra etc.).
Após a compreensão destes ensinamentos, o aspirante estava habilitado a receber por mais doze anos os ensinamentos da "Escola do Olho Direito de Horus". Lá iria receber a sua iniciação em Geometria Sagrada e as suas relações com o Universo e com tudo que existe - a Unidade de tudo e do Todo. Era uma escola de Imortalidade.
Toda a informação que até hoje foi encontrada nas inscrições das tumbas egípcias, nos murais e nos templos refere-se aos ensinamentos da "Escola do olho Esquerdo de Horus"
A única informação encontrada até sobre a escola do Olho Direito de Horus está, segundo Drunvalo, em baixo das pirâmides.
Moisés e as tábuas da lei
Os Dez Mandamentos ou o Decálogo é o nome dado ao conjunto de leis que segundo a Bíblia, teriam sido originalmente escritos por Deus em tábuas de pedra e entregues ao profeta Moisés (as Tábuas da Lei). As tábuas de pedra originais foram quebradas, de modo que, segundo Êxodo 34:1, Deus teve de escrever outras. Encontramos primeiramente os Dez Mandamentos em Êxodo 20:2-17. É repetido novamente em Deuteronómio 5:6-21, usando palavras similares.
Decálogo (ou gr. Decálogos), significa dez palavras (Ex 34,28). Estas palavras resumem a Lei, dada por Deus ao povo de Israel, no contexto da Aliança, por meio de Moisés. Este, ao apresentar os mandamentos do amor a Deus (os quatro primeiros) e ao próximo (os outros seis), traça, para o povo eleito e para cada um em particular, o caminho duma vida liberta da escravidão do pecado.
O número 10 simboliza a perfeição, assim como o cancelamento de todas as coisas. 10 = 1 +0 = 1 e ilustra o eterno recomeçar. É total dos quatro primeiros números e, portanto, contém a totalidade dos princípios universais. Corresponde à Tetraktys (do grego antigo τετρακτύς - é uma representação na forma de um triângulo, denominado "triângulo perfeito) de Pitágoras, que, em conjunto com os sete números é considerado o número mais importante; formado pela soma dos quatro primeiros números (1 +2 +3 +4 = 10), expressa a totalidade, a realização, a realização final. É porque Deus é perfeito, uma vez que reúne numa nova unidade todos os princípios expressos nos números de um a nove. Por esta razão, o número dez é também chamado de Céu, o que indica que a dissolução é a perfeição de todas as coisas e contém todas as possíveis relações numéricas. A comparação do simbolismo numérico e geométrico faz uma analogia entre o 10 e o ponto dentro do círculo na tradição esotérica, o valor numérico de um centro ou ponto é um, enquanto a de um círculo é nove multiplicado por qualquer outro número que dá, por adição dos algarismos que compõem o resultado, sempre e apenas a si mesmo, exactamente como um círculo perpetuamente recorrente no caminho certo. Este simbolismo sugere a hipótese de que a década representa a perfeição relativa ao circular espaço-tempo, que é a imanência divina. O 10 indica a alteração que permite a iniciar a evoluir, crescer e subir espiritualmente.
Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
(I) "Eu sou o JEHOVAH teu Deus, que te tirei da terra de Egypto, da casa da servidão.
(II) Não terás Deuses alheios diante de meu rosto. Não farás para ti imagem de vulto, nem alguma semelhança do que há em cima no céu, nem abaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra (referência à Tabua de Esmeralda?). Não te encurvarás a elas, nem as servirás: porque eu JEHOVAH teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais sobre os filhos, até á terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. E faço misericórdia em milhares, aos que me amam, e guardam meus mandamentos.
(III) Não tomarás o nome de JEHOVAH teu Deus em vão: porque JEHOVAH não terá por inocente ao que tomar seu nome em vão.
(IV) Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda tua obra. Mas o sétimo dia é o Sábado de JEHOVAH teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo nem tua serva, nem tua besta, nem teu estrangeiro, que está dentro de tuas portas. Porque em seis dias fez JEHOVAH o céu e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto benzeu JEHOVAH ao dia do Sábado, e o santificou.
(V) Honra a teu pai e a tua mãe, para que teus dias sejam prolongados na terra, que JEHOVAH teu Deus te dá.
(VI) Não matarás.
(VII) Não adulterarás.
(VIII) Não furtarás.
(IX) Não dirás falso testemunho contra teu próximo.
(X) Não cobiçarás a casa do teu próximo: não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem o seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu asno, nem alguma cousa de teu próximo."
De acordo com o livro bíblico de Êxodo, Moisés conduziu os israelitas que haviam sido escravizados no Egipto, atravessando o Mar Vermelho dirigindo-se ao Monte Horeb, na Península do Sinai. No sopé do Monte Sinai, Moisés ao receber as duas "Tábuas da Lei" contendo os Dez Mandamentos de Deus, estabeleceu solenemente um Pacto (ou Aliança) entre YHWH (ou JHVH) e povo de Israel.
Também se afirma que Moisés conduziu seu povo para fora do Egipto, para a terra do Touro, Taurus, através das águas que tragaram seus inimigos. Levou seu povo a salvo, como um povo escolhido, para adorar o Cordeiro, Aries, em cujo signo o Sol entrava por precessão dos equinócios.
O acto de matar um touro simboliza a ascendência da consciência humana sobre as forcas emocionais animalescas, sendo que as touradas são um símbolo da superação ao impulso sexual, através do autocontrole e disciplina. Nos "mistérios mítricos", a imolação do touro ocupava um papel de destaque, Nesses cultos, ele era chamado de "guardião do eixo da terra", e são eles que invertem o "eixo do círculo do céu”. Mitra, que era chamado de Jovem, possuía um séquito de deuses jovens com cabeça de touro, que eram um desdobramento dele mesmo, a divindade maior. O abate do touro significa um domínio sobre os instintos animais, mas também uma violação da lei. O animal representa o instinto e a proibição, e o homem sente-se mais homem, quando é capaz de sacrificar sua natureza animal. Os sonhos em que aparecem o ego onírico carregando um touro, tal qual Mitra o fez, tem o mesmo significado que a via-crucis de Cristo, é um símbolo de renascimento. Mitra carrega o touro vencido, numa representação do pai, do monstro, gigante e animal perigoso. O touro é um símbolo da fecundidade, e Júpiter coabitou com Deméter, a deusa da fecundidade, sob a forma de um touro.
O carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios, simbolizava um dos deuses relacionados com a criação.
Segundo a lenda, o deus Knum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu torno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres e as suas almas, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. O seu centro de culto era a cidade de Elefantina, junto à primeira catarata do rio Nilo. Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa era Heqet, deusa com cabeça de rã, também associada à criação e ao nascimento. Simboliza a realização na materialidade.
Era pois, um avatar do tempo em que os” Seres Humanos se tornaram Homens”
O ingresso do sol em Carneiro simboliza o início da primavera, no ponto vernal, o equinócio. A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais". O dia e a noite duram o mesmo tempo, 12 horas. Depois do Inverno, do recolhimento, tudo desperta para a vida na Primavera. O Carneiro despertar para a vida, possibilidades de começo, de lançar sementes, é o primeiro signo de fogo e o primeiro signo cardeal. Em Carneiro é libertada a energia do fogo que representa o processo de identidade, o reconhecimento do sentido do Eu através da acção. Após o período de "incubação" do Inverno, a vida desperta com a chegada da Primavera. É o nascer do dia, o acordar de todas as possibilidades que cada nascer do dia traz consigo. Ao nível da Alma, o fogo de Carneiro traz as ideias criativas, cumpre a vontade do plano.
Sendo o carneiro um símbolo da materialização, o seu sacrifício representa o sacrifício da matéria ao divino, a sua transcendência.
Moisés institui a Páscoa judaica no sacrifício do carneiro e como celebração da Libertação do jugo dos descendentes de Caim
O primeiro registro histórico conhecido do termo Israel (em hebraico: יִשְׂרָאֵל, Yisra'el; em árabe: إِسْرَائِيلُ, Isrā'īl, Dawlát Isrā'īl), surge na Estela de Merenptah, monumento que celebra as vitórias militares do faraó Merenptah, datado do final do século XIII a.C.. O nome Israel é o único precedido pelo determinativo para povo, assinalando a sua distinção em relação às populações de cidades-estado presentes na mesma inscrição, o que sugere uma identidade contrastante com a dos seus vizinhos.
É consensual entre os académicos a derivação de Israel a partir de uma forma verbal semita ocidental como śārâ (ter poder como um príncipe, lutar, prevalecer, reinar [com]), e do elemento teofórico El que quer dizer "força", "poder", especialmente como o Omnipotente. Portanto, poderíamos expressar o significado de "Israel" como "príncipe poderoso que luta e prevalece", "soldado de Deus" ou "aquele que governa com o Todo-Poderoso".
Na palavra hebraica Israel temos as iniciais dos nomes dos patriarcas e das matriarcas, a família original que dá origem a Israel. Na passagem de Génesis 32, 29, a etimologia sugere o significado de Israel: "E disse: Não, Jacob não será mais teu nome, senão Israel, pois lutaste com (o anjo de) Deus e com homens e venceste" (TORÁ, Gn 32, 29 p.95.). Temos literalmente “sara”, "ele lutou" – ki saríta ím Elohim "porque lutaste com Deus" e el "Deus". O verbo sara tem o sentido de "lutar", "combater" e pede o uso das preposições el "para", et "indicativo de objecto directo definido – sem equivalência na língua portuguesa" e im "com". A maior parte dos dicionários prefere indicar como significado e etimologia incertos e fornecem apenas o sentido de nome masculino e gentílico. Na palavra Israel encontramos o sémen, a semente do significado para a realização de um pacto entre Deus e Israel, que manterá a memória e identidade de um grupo através dos tempos e definirá as regras de sua relação com o divino.
Penso ser oportuna a conclusão de que a revindicação por parte de Israel de que detém a verdade sobre Deus não passa de uma apropriação abusiva da interpretação da mensagem que será dirigida a todos os que Vencerem.
A Arca da Aliança
(hebraico:ארון הברית arَhn hab•berيth; grego: ki•bo•tَs tes di•a•thé•kes"). Moisés, por instruçُes divinas indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tلbuas da lei; a vara de Aarمo; e um vaso do manل. Estas três coisas representavam a aliança de Deus com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca nمo era sَ uma representaçمo, mas a prَpria presença de Deus. Sobre a tampa, chamada Propiciatَrio "o Kapporeth", foi esculpida uma peça em ouro, formada por dois querubins (os guardiمes da Glَria de Deus) ajoelhados de frente um para o outro, cujas asas esticadas para frente tocavam-se na extremidade, formando um arco, de modo defensor e protector. Eles curvavam-se em direcçمo à tampa em atitude de adoração (êxodo 25:10-21; 37:7-9). Segundo relato do verso 22, Deus fazia-se presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro numa presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinah ou presença de Deus.
Shekhinah ou Shekiná (em hebraico: שכינה, "habitação", "assentamento", noutras transliterações possíveis: Shekinah, Shechinah, Shekina, Shechina, Schechinah) é a grafia em português de uma palavra gramaticalmente feminina. De acordo com a concepção cabalística e do ramo hassidísmo do judaísmo, a Shechiná é uma energia cósmica poderosíssima em si mesma, que habita no "interior" do Universo e vivifíca-o, sendo a sua "alma" ou "espírito”. É portanto a Mater, a Mãe através da qual Deus se manifesta.
A palavra سكينة (Sakinah) é mencionada seis vezes no Alcorão. Ela representa garantia de paz, calma e tranquilidade. O capítulo 2, versículo 248 diz: "E seu mensageiro disse-lhes: Em verdade! O sinal do seu reino é que não virá a vós At-Tabut (a arca perdida), onde é Sakinah do vosso Senhor e um remanescente do que Moisés e Arão deixaram para trás, levado pelos anjos. Em verdade, nisto há um sinal para vós, se sois crentes." É muitas vezes descrita como "sensação reconfortante de estar na presença (ou sob a protecção) de Deus."
Em relação a Maná (Hebraico: מָן man),o livro bíblico de Êxodo descreve-o como um alimento produzido milagrosamente, sendo fornecido por Deus ao povo Israelita, liderado por Moisés, durante sua estada no deserto rumo à terra prometida. Segundo Êxodo, após a evaporação do orvalho formado durante a madrugada, aparecia uma coisa miúda, flocosa, como a geada, branco, descrito como uma semente de coentro, e como o bdélio, que lembrava pequenas pérolas. Geralmente era moído, cozido, e assado, sendo transformado em bolos. Diz-se que seu sabor lembrava bolachas de mel, ou bolo doce de azeite.
Alimento espiritual de origem divina, aquele que consola e liberta a alma dos deprimidos, aflitos e tristes. Traz de volta luz, calor e alegria de viver.
Depois que Arca da Aliança estava completa, diz-se que Aarão colocou um omer de Maná na Arca. Este Maná sagrado, associava-se naturalmente em forma "mística" de pão. Esse pão era chamado na Mesopotâmia de Tubal-Caím, o Shem-an-na. De acordo com os Mestres Artesãos, este alimento em forma de cone (shem) estava feito de "pedernal erguido" (pederneira) ou "Pedra erecta" como o Silex
. Em Apocalipse 2:17 diz: "Ao vencedor lhe darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe".
É como uma chave que abre para um campo indefinível ou para um estado alternativo do Ser (Corpo Ka), a "pedra filosofal" ou o pó branco, ou ainda o "pão" ou o Mfkzt da antiga civilização egípcia também expressava com palavras diferentes a mesma coisa - o ouro monoatómico - que era manipulado/transformado na ausência de forças ainda não muito bem conhecidas pela ciência moderna como a gravidade e o magnetismo…
Pelos relatos dos povos antigos desde o tempo da Suméria tanto o "pó branco" quanto o Mfkzt egípcio não eram claramente definíveis (só posteriormente se soube ser a mesma coisa), porque eles eram ora mencionados como algo físico/ouro puro, ora descritos como "pão"/luz com uma conotação de dimensão sobrenatural.
Esta "pedra filosofal" como uma dádiva dos deuses era sempre manipulada por sacerdotes, que também a ingeriam como "pão", sendo que era também privilégio dos destas antigas civilizações.
Portanto, o Mfkzt também como “pó branco/pão da vida" com a sua capacidade de “dar a Vida", era tido ainda no tempo de Moisés como uma dádiva dos deuses aos faraós, que ao ingeri-lo constantemente, adquiriam a sua natureza divina
Em oposição ao corpo físico existe o "corpo leve" que era chamado pelos antigos egípcios de "Ka" (veiculo da Essência/"Espírito" do indivíduo), que permanecia activo na Vida após a morte. E, o alimento de "Ka" era luz que gerava iluminação (luz magnética pelo efeito Meissner) através do "pó da projecção" E, junto com esta expansão luminosa de origem magnética acontecia a expansão do campo energético do individuo, facilitando paralelamente expansão de sua consciência (iluminação) pela "transmutação" de sua ignorância tipicamente humana. Os antigos povos Sírio-Fenícios chamavam este "reino" de iluminação, onde irradia a energia magnética além da energia electromagnética - como o reino superior do Plano de Shar-On ou a Dimensão da Órbita da Luz - que actualmente é campo de estudo da física quântica através dos elementos monoatómicos orbitalmente rearranjando ("ORME").
Na Polinésia e na Melanésia trata-se, fundamentalmente, da própria matéria-prima que dá origem a todas as práticas de magia. Magia sem mana não teria qualquer poder. O mana deve infundir os trabalhos mágicos, as ritualísticas e qualquer forma de magia para que esta tenha resultados. O mana é o combustível da magia. Ele não existe apenas nas pessoas, mas também nos animais, nas plantas, no reino mineral, em todas as coisas animadas e inanimadas.
A Arca permaneceu como um dos elementos centrais do culto a Deus praticado pelos israelitas durante todo o período monárquico, embora poucas referências sejam feitas a ela entre os livros de Reis e Crónicas. A Arca representava o próprio Deus entre os homens. A crença de Sua presença activa fez com que os hebreus, por várias vezes, carregassem o objecto à frente de seus exércitos nas batalhas realizadas durante a conquista de Canaã. Segundo a Bíblia, a presença da Arca era suficiente para que pequenos contingentes hebreus aniquilassem exércitos cananeus inteiros, mas quando a dispensavam, sofriam derrotas desastrosas.
No início de seu reinado, Davi ordenou que a Arca fosse trazida para Jerusalém, onde ficaria guardada numa tenda permanente. Com o passar do tempo, Davi começou a planear e esquematizar a construção de um grande Templo. Entretanto, esta obra passou às mãos de seu filho Salomão.
No Templo, foi construído um recinto (chamado na Bíblia de "oráculo") de cedro, coberto de ouro e entalhes, dois enormes querubins de maneira à semelhança dos que havia na Arca, com um altar no centro onde ela repousaria. O ambiente passou a ser vedado aos cidadãos comuns, e somente os levitas e o próprio rei poderiam colocar-se em presença do objecto sagrado. Encontramos uma representação da Shekinah no Sanctum Sanctorum, no Altar-mor.
Em 586 a.C. Nabucodonosor, rei da Babilónia, invadiu o reino de Judá e tomou a cidade de Jerusalém. O relato bíblico menciona um grande incêndio que teria destruído todo o templo. A Arca desaparece completamente da narrativa a partir desse ponto, e o próprio relato é vago quanto ao seu destino.
Para os católicos e judeus da diáspora, que se utilizam da Septuaginta, Escrituras Sagradas na versão grega dos LXX, o desaparecimento da Arca é narrado no livro de II Macabeus (não aceite pelos protestantes e por grande parte dos judeus que só aceitavam as escrituras em hebraico), onde se conta que o profeta Jeremias haveria mandado que levassem a Arca até o monte Nebo para ali a esconder numa caverna (II MAC Cap. 2).
" O escrito mencionava também como o profeta, pela fé da revelação, havia desejado fazer-se acompanhar pela arca e pelo tabernáculo, quando subisse a montanha que subiu Moisés para contemplar a herança de Deus. No momento em que chegou, descobriu uma vasta caverna, na qual mandou depositar a arca, o tabernáculo e o altar dos perfumes; em seguida, tapou a entrada. Alguns daqueles que o haviam acompanhado voltaram para marcar o caminho com sinais, mas não puderam achá-lo. Quando Jeremias soube, repreendeu-os e disse-lhes que esse lugar ficaria desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e usasse com ele de misericórdia. Então revelará o Senhor o que ele encerra e aparecerá a glória do Senhor como uma densa nuvem, semelhante à que apareceu sobre Moisés e quando Salomão rezou para que o templo recebesse uma consagração magnífica." (II Mac, 2, 4-7, Bíblia Ave-Maria).
Numa das visões de João, ele relata ter visto a Arca do Concerto ou da Aliança no templo de Deus no céu. Sendo a arca de grande importância e detentora de objectos preciosos, Deus haveria levado a arca para um lugar onde nenhum ser humano tivesse acesso para destruí-la. O relato de João está em Apocalipse 11:19 "E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo..."