Aôr
Para o iniciado ELOÍM (Aelohim é o plural de Aelo) significa: Ele, os deuses, o Deus dos Deuses.
Não é mais o Ser recolhido nele mesmo e no Absoluto, mas o Senhor dos mundos, cujo pensamento se expande em milhões de estrelas, esferas móveis de universos flutuantes. "No principio, Deus criou os céus e a terra".
Mas no início, estes céus foram apenas o pensamento do tempo e do espaço sem limites, habitados pelo vazio e pelo silêncio:
"E o espírito de Deus movia-se sobre a face do abismo".
O que vai sair antes de tudo do seio do abismo? Um sol? Uma terra? Uma nebulosa?
Uma qualquer substância do mundo visível? Não!
O que surgiu primeiro foi Aôr, a Luz.
Não a luz física mas sim a luz intelectual, nascida do estremecimento da Isis celeste no seio do Infinito, alma universal, luz astral, substância de que são feitas as almas, onde elas flutuam como um fluído etéreo, elemento subtil mediante o qual o pensamento se transmite a distâncias infinitas, luz divina, anterior e posterior a todos os sóis. No começo, ela expande-se no Infinito, é o poderoso respirar de Deus. Depois reflui sobre si mesma, num movimento de AMOR, profundo aspir do Eterno. Nas ondas do éter divino, como sob um véu translúcido, palpitam as formas astrais dos mundos e dos seres.