O Templo e a Navegação

24-11-2013 10:12

Não restam dúvidas de que o Templo teve amplos conhecimentos em matéria de navegação e em cartas marítimas que lhe permitiram reunir uma importante frota que não só lhe serviu para alcançar os portos mediterrânicos da terra Santa e do Egipto como também lhe permitiu adentrar-se pelo Atlântico a partir das docas que controlava em França, Galiza e Portugal. A tradição templária foi fielmente continuada pela Ordem de Cristo portuguesa, que fundou sob os seus auspícios a escola náutica de Sagres, situada na ponta peninsular do cabo de São Vicente. Desta escola náutica saíram as cartas de navegação utilizadas pelos primeiros exploradores atlânticos portugueses, impulsionados pelo entusiasmo de D. Henrique, o Navegador, que foi grão-mestre da Ordem de Cristo. 
Questões bastante coerentes para nos fazerem suspeitar, com fundamento, de que o Templo não só colocou a Guerra Santa como meta e acesso à teocracia que projectava, como também penetrou, em outros caminhos paralelos, através de saberes que podiam contribuir para que o seu plano fosse realizável e tivesse garantias de êxito em todos os campos. Não existem dúvidas de que o conhecimento - e sobretudo esse outro tipo de de conhecimento que os poderes instituídos tendem a proibir, designando-os, conforme a circunstancia, como inoperantes ou como satânicos - faz sempre parte dos grandes projectos concebidos com o objectivo de conquistar o mundo, pois essa conquista, quando se apresenta a níveis totais, nunca é só militar, mas também se deve coroar com uma mudança na consciência dos conquistados, para que se adaptem ao novo paradigma colocado pelo colectivo conquistador.